O barbeiro (protagonista de “O Nariz”) acorda pela manhã e, no café, ao cortar o pão, nota que dentro há um nariz. Ele reconhece o nariz — é de um cliente da barbearia, um abastado burguês. A mulher do barbeiro, escandalizada, acusa-o de assassinato. Desesperado, ele tenta livrar-se do nariz. Enquanto isso, o dono do nariz percebe que está sem ele e sai para procurá-lo…
Todo o gênio de Gogol transparece nesta farsa antológica e inquietante, precursora dos mais desvairados textos surrealistas que surgiram depois. Também consta deste volume o conto «O diário de um louco», ambientado em São Petersburgo, que mistura realidade e sonho.
Contista genial, romancista e teatrólogo, Gogol é considerado um dos fundadores da moderna literatura russa. Renovador e vanguardista, trouxe para a literatura russa o realismo fantástico e escreveu algumas obras-primas do conto universal este “O Nariz”, “O Capote”, e “O Retrato”.