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José Barbosa

Imigração quem acolhe colhe

No final de 2016, em conversa com o escritor morrinhense Nilo Sérgio Troncoso Chaves, este sugeriu que escrevesse uma memória sobre a comunidade estrangeira, na cidade de Morrinhos, dizendo-me que seria uma forma de retribuição da sociedade local ao grande legado que as famílias imigrantes têm deixado, ao longo do tempo, em nosso meio, relações comerciais, sociais e culturais que só fez enriquecer nosso cotidiano.
Achei interessante sua sugestão e disse-lhe que era um projeto a ser pensado com carinho. Porém, a partir daquele dia, o dei por esquecido. Afinal, estava envolvido em trabalhos mais urgentes.
Logo depois daquela conversa meu amigo teve uma complicação grave de saúde, que quase colocou termo à sua vida. Contudo, sendo ele uma pessoa forte, resistiu bravamente parte daquele infortúnio e foi se recuperando lentamente, o que encheu de esperança seus familiares e amigos que torciam pela sua recuperação.
Na véspera do Natal de 2017, vi uma fotografia sua, juntamente com familiares, na internet, motivo de festa e fato que me chamou atenção por lembrar-me, naquela hora, da sugestão que me fizera, um ano antes. Naquele mesmo instante resolvi colocar em prática a execução do projeto de homenagear a comunidade estrangeira que tanto progresso trouxe à nossa cidade.
No outro dia imediato, comecei a coletar informações e documentos para levar a bom termo a empreitada de escrever um livro homenageando as famílias que escolheram a nossa terra para construir suas vidas, deixando aqui grande soma de trabalho e desenvolvimento que orgulha o nosso povo.
Cataloguei as famílias de estrangeiros e fui à luta em busca de material que pudesse abrir caminhos e servir de subsídio para levar avante o trabalho. Deus foi abrindo as portas e mostrando as pessoas certas a serem contatadas. Quando cientes do projeto, elas abraçavam a ideia e me ajudavam em tudo que eu precisava.
Em janeiro de 2018, comecei a escrever os primeiros textos. Calculei o acervo em 23 capítulos. O planejado caiu como uma luva. Tudo encaixado. Do jeito que pensei e graças à aceitação das famílias envolvidas. Decidi que seria mencionadas no livro todas as famílias de imigrantes que tivesse conhecimento, mais aquelas que fossem descobertas, ao longo da pesquisa, e, que obtivesse delas alguma informação a possibilitar a confecção de seus respectivos textos. E assim foi feito. Quando as informações eram um tanto escassas, recorri a acontecimentos históricos periféricos, para a elaboração dos textos. O que foi gratificante e ajudou no prosseguimento deste trabalho. Posso até dizer, sem medo de errar, que uma coleta de material menos promissora — que me deixou, no seu início, em dificuldade para desenvolver a narrativa — resultando num dos melhores textos do livro, justamente o capítulo sobre o imigrante sírio-libanês Elias Abrahão, avô do Miguel Abrahão Júnior. Foi, sem dúvida, um dos capítulos que me deixou mais feliz quanto à sua conclusão.
Abri o livro homenageando um português, José Luiz de Medeiros Júnior. O fechei referenciando outro português, Antônio Pereira, pessoa muito querida de nossa comunidade.
Aproveito este momento para agradecer a Deus e às pessoas-anjos que Ele coloca em nosso caminho para nos servir de guia e orientar sobre projetos que sequer sonhávamos. E como anjos da guarda, vão abrindo portas e mostrando-nos a melhor maneira de concluir nossa caminhada.
Concluo esta apresentação enviando ao Nilo Sérgio Troncoso Chaves mensagem de Luz, em agradecimento ao «empurrão» que me deu, para que saísse da zona de conforto e me dedicasse, de corpo e alma, quase todas as madrugadas — janeiro de 2018 a setembro de 2018 — na realização desta obra que tem como epílogo a conclusão deste livro: IMIGRAÇAO, QUEM ACOLHE COLHE.
Com um abraço ao meu amigo Nilo Sérgio Troncoso Chaves.
O AUTOR
358 Druckseiten
Copyright-Inhaber
Bookwire
Ursprüngliche Veröffentlichung
2019
Jahr der Veröffentlichung
2019
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