«A canção continuava soando na minha cabeça, a minha canção. Falava de destruição, de sangue, de sonhos, de espera e de horror.»
Finalista do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2021 na categoria Ficção Curta de Horror.
Por anos, Cecília viveu em pé de guerra com o avô, um homem rude e desagradável, que sempre fez de tudo para alimentar a discórdia e humilhar os outros. Mas agora que ele está definhando, frágil e abandonado pela família, ela não consegue deixar de lembrar com nostalgia do homem inteligente que a ensinou a amar e temer o oceano e que trazia o melhor e o pior dela sempre que a desafiava para uma discussão. O que Cecília não sabia era que, por trás da fachada impenetrável, o avô escondia um segredo profundo como o mar, e que confiaria justo a ela a chave para desvendá-lo e confrontar um mal antigo e inimaginável.