«Dizem que a faculdade que tem a sociedade de impor a pena última é o direito da defesa natural transmitida pelo indivíduo à república. Parece-nos isto fugir de um absurdo para outro. Essa transmissão acaba, esse direito cessa, logo que o indivíduo cessa de existir: o morto precisa acaso de defesa natural?» Alexandre Herculano, expoente máximo do Romantismo português, oferece ao leitor excepcional argumentação contra a pena de morte, num texto cuja verve literária tão característica do autor mostra-se intensa!