De forma abrangente e com linguagem moderna e atrativa, discorre sobre os assuntos que devem ser dominados
por quem deseja ter o conhecimento básico sobre as técnicas de degustação, as bases da viticultura, a técnica de elaboração de vinhos — secos, doces, fortifi cados e espumantes –, dos principais países do Velho e do Novo Mundo, e noções de vinho e saúde.
O mundo do vinho pode parecer, à primeira vista, muito assustador. A bebida é nobre, apreciada e valorizada
é, também, plural, diversificado, heterogêneo: diz-se que não há uma garrafa igual à outra. Cultuado e
sábios nunca afirmam que “entendem muito de vinho”; preferem dizer que «têm estudado bastante”.
Alguns falsários gostam de rotular-se “entendidos”; autointitulam-se sommeliers, escanções, enólogos… Usam
palavras rebuscadas e inacessíveis que eles próprios não têm ideia do que significam. Degustar vinho não tem mistério nem qualquer coisa de místico. O extenso conhecimento enológico que a humanidade desenvolveu
por milênios não pode ofuscar a premissa primordial: vinho é, tão somente, uma bebida.
Muita gente é apresentada ao vinho sentindo-se a anos-luz dos ditos “conhecedores”, frequentemente receosa
de entrar nessa estrada por vergonha de uma suposta ignorância frente a um verdadeiro mito. A alma deste
livro é desconstruir essa ideia. O vinho não pode ser encarado como religião. Sua apreciação não é um culto
com regras fixas de liturgia. Vinho é prazer, desfrute de aromas e paladares (é também saúde, como veremos).
Não há uma forma certa ou errada de apreciá-lo; as ditas “regras” não passam de dicas, acumuladas ao longo de milênios, transmitidas de geração a geração e que nos orientam sobre como aproveitar melhor os prazeres que essa
bebida pode oferecer. O curioso desbravador que se aventurar pelas páginas que compõem este livro encontrará
um ambiente acolhedor. A linguagem utilizada é acessível e o método de transmiti-la é o mais didático possível,
com marcos e referências nas passagens importantes. Os cartoons estilizados chamam a atenção do leitor sempre
que houver uma dica ou uma informação relevante. Há fichas técnicas de degustação, roda de aromas e fotos
de referência de cores de vinhos, em anexos destacáveis, que permitem que o novo enófilo as leve consigo para
consulta e/ou faça cópias para compilar seu próprio catálogo de degustação.